Histórias Confessas


Gritamos, nos ignoramos, escrevemos textos inundados pela raiva que povoava nossos corações inquietos, afogamos-nos em pensamentos nostálgicos, contamos nossos problemas às estrelas, sentimos saudades de um nós e nos procuramos, reconstruímos o que pensamos não ter mais volta. De novo, de novo e de novo. Já virou rotina nos perdemos e reencontrarmos nas vielas da vida corriqueira. E, não seria diferente dessa vez não é mesmo? Embora tudo apontasse para nosso fim, embora tudo o que eu conseguia sentir por você fosse a mais pura raiva, mesmo que tudo nos dissesse para desistir, estamos tentando mais uma vez.

Mas, falando sério, será que vamos conseguir? Será que fomos feitos para sermos amigos? Somos tão extremos, que não me surpreenderia ao descobrir que não funcionamos bem neste intermédio, na linha divisória entre amantes e apenas conhecidos. Somos o fogo e o gelo, não nos damos bem em fases intermediárias. Conosco sempre foi 8 ou 80, então me assusta um pouco perceber que aceitamos ficar nos 40 dessa vez.

Sinceramente, embora eu esteja feliz, também me sinto emocionalmente agitada com nossa nova oferta de paz. Temo acabar tendo a certeza de que não fomos feitos para sermos um nós, e sim apenas uma memória apagada que quase não será visitada em um futuro não tão distante. Ainda não sei se posso –ou devo– confiar em você, ainda não tive a prova de que alguns erros realmente foram concertados e não voltarão a se repetir. Você me magoou muito em nossa última briga, e algumas marcas demoram a sumir.

Realmente espero que você cumpra suas promessas dessa vez. Que pense um pouco mais antes de falar tudo o que pensa, que respeite minha liberdade e individualidade. Espero que o tempo nos traga o que perdemos, que concerte as coisas que estão um pouco estranhas e nos ensine a conservar o que ainda temos. Somos especiais. Eu sou especial quando estou com você. Você tem o poder de intensificar meus sentimentos, me desligar um pouco da vida real e me acalmar quando o desespero resolve se instalar em mim. É pra você que eu quero ligar para contar as aventuras do meu cotidiano, é pra você que eu quero mostrar fotos de coisas que em algum momento me inspiraram, é com você que eu quero dividir meus sonhos, e contar sobre meus pesadelos. Por mais maluca que seja nossa relação, você torna minha vida um pouco mais feliz, e eu sou grata a isso.

Então, aqui estamos. Eu senti sua falta sabia? Senti falta de conversar contigo, de rir e compartilhar meus dias com você. Você diz que sentiu o mesmo, então por que não tentar mais uma vez? Vamos lá. Tentar. Lutar para fazer dar certo. Quem sabe dessa vez dê mesmo?

Amigos? Amigos.
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Se tem uma coisa na qual eu sempre acreditei, é na força que o universo exerce na vida das pessoas. Sempre acreditei que havia um plano traçado para minha vida, e que alguém -ou alguma coisa- estava sempre conspirando a favor de certos acontecimentos. Afinal, alguns minutos de atraso podem mudar todo o seu dia, te fazendo conhecer alguém que jamais encontraria se não tivesse perdido aquele ônibus, te mostrando algo que vai mudar, ainda que pouco, seu modo de ver a vida.  Algumas pessoas chamam de Deus, destino, astrologia ou até coincidência. Eu chamo de universo.

Ultimamente tenho aprendido a confiar mais, tentado não me preocupar tanto com coisas que estão fora de meu controle. Embora não seja fácil, tenho percebido que vale a pena. Tenho corrido riscos, e me saído melhor do que esperava. Minha vida tem mudado radicalmente nos últimos dias, e embora as mudanças sejam assustadoras, eu tenho gostado bastante do rumo que minha vida tem tomado.

Li em um livro que o universo só quer ser notado, e acredito que isso seja completamente certo. Quando aprendemos a perceber as pequenas coisas no nosso dia a dia que moldam nossa vida, aprendemos a notar o universo e acreditar que não estamos tão por conta própria nesse jogo louco que é a vida. Então, o universo começa a agir mais intensamente, nos dando oportunidades e fazendo de tudo para que as percebamos e não as deixemos passar.

Nesse momento, estou na estrada, olhando a lua se esconder por entre as nuvens e pensando em todas as coisas que mudaram em menos de uma semana. Me tornei oficialmente uma escritora, fui à minha primeira festa, descobri que cinco minutos de coragem e alguns áudios no whatsapp tem um poder incrível, e agora estou pensando no que fazer sobre a primeira vez que eu gosto de um garoto que gosta de mim também. E, embora eu esteja realmente com medo, vou deixar o universo guiar esse momento tão novo na minha vida. Vou confiar e me jogar de cabeça na inconstância da vida. Acreditar que mesmo que não dê certo para sempre, alguns males vem para o bem, e que eu sou forte o suficiente para aguentar alguns tombos. E principalmente, acreditar que tudo na vida acontece por um motivo, e que a felicidade é meu destino final.
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Isso é assustador. Postar meus escritos, as “bobeiras” que passam por minha cabeça, e torcer – muito – para que as pessoas gostem das minhas palavras. Uau. Mas, mesmo tímida, acho que isso é uma coisa que eu preciso fazer por mim. Então, aqui estamos, em um primeiro post para esse blog. O que posso dizer? Meu nome é Anna, tenho 16 anos e sou de Belo Horizonte. Sou completamente apaixonada por literatura, e sonho em escrever um (ou mais) livros um dia. Já tive outros blogs, mas nunca consegui passar do primeiro mês. Espero que esse seja diferente. Sonho acordada, amo a lua e as estrelas, e tento sempre ser a melhor versão de mim mesma. Sou tímida, e quase morro de vergonha quando alguém lê algo que escrevi na minha frente. Como toda adolescente, estou em constante estado de mutação, tentando construir a adulta que um dia serei. Escrevo para matar o tempo, desabafar, registrar bons momentos, me sentir bem ou simplesmente me esquecer de tudo um pouco.  Realmente espero que gostem do meu cantinho, e se identifiquem com meus textos.
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Aspirante a escritora, apaixonada por livros e sonhadora profissional.

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