Resenha: Cartas na Rua - Charles Bukowski
Cartas na rua
Charles Bukowski
Ano: 1971
Páginas: 185
ISBN: 978.85.254.2449-5
Páginas: 185
ISBN: 978.85.254.2449-5
Editora: L&PM Pocket
Pontuação: ♥♥♥♥♥
“Tudo começou como um erro”, anuncia Charles Bukowski na primeira linha deCartas na rua, agora de volta às livrarias em nova tradução de Pedro Gonzaga. O “erro” do escritor conhecido pelos porres homéricos e humor ferino foi se candidatar à vaga de carteiro temporário no início dos anos 50. Quando viu, estava em seu segundo emprego nos Correios, como auxiliar, e já somava catorze anos em uma rotina maçante – ainda mais para um homem de meia-idade sempre de ressaca. Mas tinha em mãos, enfim, a matéria-prima para seu primeiro romance, que já nasceu um clássico: pela voz de Henry Chinaski, seu alter ego, Bukowski narra suas memórias em tom hilário e melancólico. Lançado em 1971, Cartas na rua é um marco na obra de um dos mais cultuados – e imitados – autores norte-americanos.
O que dizer sobre esse escritor que tanto admiro? Ele é ótimo, em tudo o que faz. A narrativa deste livro tem tons perfeitos de melancolia, humor negro e ironia. Bukowski é quase violento, e narra como se estivesse contando a história a um amigo em uma noite de bebedeiras.
Como primeiro livro lançado, somos apresentados ao estilo incomparável de Charles Bukowski, em uma leitura que flui rápido e com uma facilidade assustadora. O livro é pesado, cheio de relatos sobre porres, mulheres, brigas, ressacas e acessos de raiva. A poesia raivosa que surge nesta obra a partir de histórias de um homem avesso a regras de costume e convenções sociais e que trabalhou miseravelmente durante anos para a empresa americana de serviços postais, me conquistou logo nas primeiras páginas.
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